Você quer ser médico ou jogador de futebol? O mais comum na infância é o menino escolher entre um sonho ou outro. Porém, para o Dr. Marcos Dall´Oglio os dois caminhos se cruzaram e, por mais incrível que pareça, com grandes conquistas nos gramados e na medicina.
Na década de 80, o ex-volante Marquinhos chegou a ser campeão gaúcho pelo Internacional (1984) e jogou profissionalmente de 1983 a 1990. O guri de Passo Fundo diz que “jogar no estádio Morumbi lotado contra os Menudos do São Paulo, campeões brasileiros em 1986, é uma lembrança marcante!”
Aos 24 anos, optou pelo outro sonho de infância e deixou os campos para concluir, em 1993, a faculdade de medicina (PUCRS). Este é um exemplo ainda mais relevante para os dias de hoje, quando muitos jovens apostam no casino online ou em Jogos de slots.
Atualmente, o urologista (57 anos), especialista em câncer do aparelho urinário e reprodutor masculino, é cirurgião em São Paulo e professor universitário (USP).
Com treinamento em Cirurgia Robótica na Harvard Medical School é convidado a operar em outros estados brasileiros. Para o cirurgião, que adotou São Paulo há mais de 27 anos, lançar o seu livro entre os pacientes que estão ávidos para conhecer melhor esta história, os amigos do futebol e da medicina na capital paulista é “desfrutar da trajetória!”
O empenho no futebol ficou marcado na lembrança da torcida. A dedicação à saúde é celebrada com gratidão pelos pacientes.
Histórias que agora se atravessam nas páginas do novo livro “Da Bola ao Bisturi” (Editora Sulina, 2022).
“Teve uma carreira curta, pois aos 24 anos retornou à universidade para finalizar o curso de medicina. Mas levou para a profissão algumas habilidades desenvolvidas dentro do campo: a determinação para alcançar objetivos, a crença no trabalho coletivo, a precisão cirúrgica e a visão do jogo – indispensável para quem atua como volante e líder”, diz o ídolo colorado Paulo Roberto Falcão no prefácio do livro.
As declarações do médico explicam sucintamente o objectivo da obra. “O livro, recheado de relatos singelos, dramáticos, curiosos e muitas vezes engraçados, resgata minha trajetória nesses dois campos. Revela como, após equilibrar a dualidade de paixões pisando quase uma década na corda bamba da jornada humana, deixei de ser o jogador “Marquinhos” para me transformar no “Doutor Dall’Oglio”, conta o cirurgião.
Uma mudança de vida sempre cheia de lições, como narra neste trecho: “Um jogador é 95% confiança e 5% futebol!” A frase dita por Paulo César Carpegiani na preleção feita aos jogadores do Inter em sua apresentação como novo comandante do time, em 1985, ficou gravada para sempre em minha mente…Transportei isso para a vida. Qualquer um de nós, ao sair de casa de manhã para buscar um lugar ao sol, em qualquer profissão, se não tiver autoconfiança não chega à esquina.”