Esqueça da Alexa e da Mitsuku: os personagens criados com IA agora têm corpos virtuais, expressões faciais realistas e biografias detalhadas. Graças a projetos visionários como o SENSO e o digital metaverse do Sensorium Galaxy, Fable Studios e Alelo, nós poderemos em breve fazer amizade – e até namorar – com seres humanos virtuais que agem como pessoas reais.
AI, o clássico filme de Steven Spielberg lançado em 2001 e que se passa no século 22, retratou andróides que se comportavam como seres humanos e eram capazes até mesmo de demonstrar emoções. Ainda estamos longe de sermos capazes de criar robôs que possam reproduzir perfeitamente os movimentos e expressões humanas, mas os avanços na tecnologia de machine learning já permitem que os engenheiros de IA desenhem programas que imitam as interações humanas.
Os personagens baseados em IA são chamados, frequentemente, de avatares, humanos digitais ou seres virtuais. Diversos projetos de ponta, incluindo o Sensorium Galaxy e seu token SENSO, além do Fable Studio, estão prontos para apresentar esses personagens ao grande público.
IA integrada: o exemplo do Sensorium Galaxy e SENSO vs. Siri
AI – ou melhor, algoritmos de machine learning – são cada vez mais comuns em nosso cotidiano. Pense nos chatbots do Zendesk, por exemplo, ou em assistentes virtuais como a Alexa da Amazon ou a Siri da Apple. Eles usam tecnologia de reconhecimento de voz para ‘entender’ o que você diz ou escreve – e, com o tempo, ficam melhores nisso graças ao machine learning.
O que a Siri não é capaz de fazer é manter um diálogo mais profundo. Isso é algo limitado a chatbots inteligentes como a Mitsuku (popularmente conhecida como Kuki).
E então você tem avatares de IA em grande escala, ou humanos digitais. A principal diferença entre eles e os chatbots é que os avatares têm um corpo virtual que se move e um rosto que muda de expressão – eles são semelhantes aos personagens de jogos de computador, mas mais realistas.
O digital metaverse do Sensorium Galaxy (também conhecido por seu token baseado em blockchain, o SENSO) é um bom exemplo disso. No digital metaverse, cada usuário tem seu próprio avatar (ou vários deles), mas também há muitos NPCs, que são personagens controlados por computador. Eles aprendem com cada interação, e seu comportamento se torna cada vez mais realista com o passar do tempo.
Embora os avatares sejam bem diferentes dos seres humanos, eles são antropomórficos, o que permite que os usuários se associem aos seus próprios avatares e façam amizade com NPCs. De fato, os avatares do Sensorium Galaxy têm dois modos de interação: general friendly (amigável padrão) flirty (sedutor), sendo que o segundo permite o chamado AI dating (azaração com IA). Um exemplo de diálogo com um avatar pode ser ouvido no teaser do aplicativo, postado recentemente na página do Twitter do Sensorium Galaxy / SENSO.
Desenvolvendo a economia da camada dos avatares: um estudo de caso do token SENSO
Segundo o famoso criador de realidade virtual (RV) e empresário Armando Kirwin, em breve veremos emergir toda uma ‘camada de avatares’: avatares antropomórficos com IA tomarão conta de metaversos, espaços com VR e AR (realidade aumentada), jogos e até mesmo espaços comerciais como supermercados. Como qualquer tecnologia disruptiva, a camada de avatares dará origem a uma economia própria.
O Sensorium Galaxy e o SENSO são um exemplo pioneiro disso. Os próprios avatares e seus acessórios podem ser comprados e vendidos; e, à medida que o avatar de um usuário fica mais customizado e se torna mais realista, também passa a ser mais valorizado no mercado secundário.
10+ aplicações dos tokens SENSO na economia do digital metaverse
No SENSO Light Paper publicado recentemente, os responsáveis pelo projeto anunciaram que, em breve, introduzirão NFTs, os ‘tokens não fungíveis’ – ou seja, tokens que se apresentam como objetos digitais únicos (como avatares) na blockchain. Os usuários poderão até mesmo criar e adicionar novos avatares e colecionáveis digitais acompanhados de NFTs. Ainda mais interessante que isso, os próprios avatares serão capazes de criar esses itens colecionáveis!
Os tokens SENSO (que estão disponíveis no KuCoin, Poloniex, Bittrex e em algumas outras exchanges) permitem todas as transações possíveis com avatares:
● Comprar avatares da loja oficial dentro da plataforma (já disponível; pagamentos com SENSO dão um desconto de 20%, ao contrário dos pagamentos com cartão de crédito);
● Comprar acessórios, como cabines na Sensorium Starship (já disponíveis), roupas, tipos de cabelos, etc.;
● Pagar por personalizações dos avatares e streaming on-demand;
● Receber royalties de NFT e recompensas por desempenho;
● Desbloquear novos mundos e atividades VIP;
● Comprar ingressos para shows virtuais (de artistas reais encarnados como avatares);
● Criar NFTs (não apenas para avatares, mas também para obras de arte digitais e itens de jogo);
● Colocar NFTs à venda no mercado interno;
● Negociar NFTs no mercado secundário;
● Votar em decisões sobre o produto, tais como adicionar novos avatares e recursos de mídia à plataforma (essa é a chamada DAO, ou ‘organização autônoma descentralizada’, com a qual os integrantes do SENSO podem participar de votações da comunidade);
● Emitir tokens pessoais para si e para seus avatares; esses tokens dão aos seus detentores acesso especial a conteúdo que vem diretamente de seus criadores.
SENSO / Sensorium Galaxy, Fable Studios, Brud, Alelo: 4 projetos inspiradores que dão vida a humanos digitais
Sensorium Galaxy & SENSO
Este digital metaverse (ou metaverso digital), que os usuários podem experimentar em RV, mas também com um computador ou smartphone, terá diversos mundos repletos de atividades diferentes – algumas delas gratuitas, outras premium. O primeiro mundo, PRISM (a ser lançado no final de 2021), contará com shows em RV de artistas como David Guetta. O segundo, MOTION, terá como focos a dança, conscientização, meditação e autodesenvolvimento.
Além de celebridades do mundo real, o metaverso digital contará com DJs e criadores virtuais. Entre os primeiros personagens nessa categoria, apresentados recentemente no Twitter, estão a DJ e dançarina Kara Mar e a artista de ethnic house JAI:N.
Não são apenas os artistas movidos a IA que irão evoluir e se tornar cada vez menos distinguíveis dos seres humanos com o passar do tempo; os avatares de usuários reais também aprenderão a reproduzir a forma de comunicação, as expressões e as maneiras de seus donos. Eventualmente, os avatares serão capazes de agir de forma autônoma no ambiente digital enquanto os usuários reais estão offline. No SENSO Light Paper, esse conceito é chamado de imortalidade digital: os usuários podem ‘viver’, criar e se comunicar no espaço virtual por meio de seus avatares.
Brud / Lil Miquela
Miquela Sousa, mais conhecida como Lil Miquela, de 19 anos, tem quase 3 milhões de seguidores no Instagram e faz campanhas para marcas como a Ugg e a Calvin Klein. Em 2020, Miquela teria faturado cerca de US$10 milhões. Ela também não é humana: na verdade, Lil Miquela é uma humana digital, ou um avatar de IA, criado por um estúdio chamado Brud.
Miquela tem muito em comum com os futuros AI DJs propostos pelo Sensorium Galaxy e SENSO: ela tem uma história de ‘vida’, personalidade própria e até mesmo uma carreira musical em ascensão. Ela também cria suas próprias coleções em NFT: a mais recente foi distribuída em sorteio no Twitter.
Fable Studios
Os fundadores do Fable Studios acreditam que, em breve, todos nós teremos um amigo virtual. A empresa já projetou vários seres como esses: Lucy, o personagem de The Wolves in the Walls, um livro de Neil Gaiman e Dave McKean; Beck, um atleta canadense selecionado para ‘participar’ das Olimpíadas de Tóquio; e Charlie, um poeta que mora em Paris.
Por meio de IA e com uma narrativa envolvente, o Fabled Studios torna possível não ter apenas interações, mas sim uma conexão real com seus personagens. Assim como o Sensorium Galaxy / SENSO, trata-se de uma solução multiplataforma: além do dispositivo de realidade virtual, você pode bater papo com a Lucy no Zoom, Skype, Whatsapp etc. O próximo passo no projeto é permitir que os usuários desenhem seus próprios seres virtuais por meio do Wizard Engine.
Alelo
O foco do Alelo é o treinamento rápido. Os usuários interagem com avatares inteligentes baseados em IA em um ambiente de RV que simula situações reais de trabalho. Os trabalhadores podem demorar o tempo necessário: os avatares nunca se cansam nem ficam incomodados. Esses programas de treinamento são especialmente valiosos para qualificar trabalhadores que fazem parte de minorias, além de imigrantes – por exemplo, para melhorar sua proficiência em inglês e ambientação cultural, bem como para prepará-los para um novo emprego.
Outros casos de uso do Alelo incluem serviços comunitários de saúde (como, por exemplo, o rastreamento de contatos de Covid-19) e aulas de idiomas de universidades e escolas. O role-playing com avatares torna a educação mais envolvente e permite o treinamento assíncrono, uma vez que os alunos não precisam estar em sala de aula.
É importante deixar claro que o Alelo não é um projeto de metaverso, então não inclui uma economia interna ou um token como o SENSO; mas é um ótimo exemplo de como usar avatares de IA para enfrentar desafios práticos nos negócios.
No passado, os autores de ficção científica imaginavam trazer a IA para o mundo físico por meio da criação de robôs. Ao que parece, um caminho muito mais promissor é entrarmos no mundo deles por meio da RV e da Web 3.0, interagindo com pessoas virtuais por meio de avatares. Seja pela possibilidade de namorar usando IA com o SENSO e Sensorium Galaxy, seja pelo storytelling imersivo da Lucy, criada pelo Fable Studio, ou ainda pela publicidade de Lil Miquela, a ‘camada de avatar’ já mostra sua cara. Quantos amigos avatar você terá daqui a alguns anos? Talvez mais do que você espera.