Mais vale tarde que nunca! O Euro 2020 chegou com um ano de atraso devido à crise sanitária mundial, mas os fãs do futebol já puderam apreciar 36 magníficos jogos durante a fase de grupos.
Se antes da prova a lista de principais favoritos das casas de apostas consistia num núcleo reduzido de seleções (França, Inglaterra e Bélgica), pairava um grande ponto de interrogação sobre várias equipas. Concluída a fase de grupos, algumas equipas confirmaram o seu potencial e reforçaram a sua candidatura ao título ao passo que outras praticaram um futebol abaixo das expectativas.
A fase a eliminar que agora começa é mais imprevisível e também mais apetecível para os apostadores que gostam de explorar as odds mais altas das casas de apostas mais recentes em Portugal.
Confira abaixo a nossa análise global à fase de grupos.
Itália e Holanda: um grande regresso às grandes competições
Itália e Holanda, as grandes ausências do Mundial 2018, voltaram em grande garantindo a passagem aos oitavos de final sem grandes dificuldades.
A Itália, mostrou o seu potencial logo no pontapé de saída do Euro 2020 ao bater a Turquia por 3-0. Ao repetir o resultado contra a Suíça, a Itália selou o apuramento de forma categórica. A vitória frente ao País de Gales com alguns dos jogadores menos utilizados veio demonstrar que a Itália é claramente uma das equipas candidatas à vitória na prova.
A Holanda, a jogar em casa, necessitou apenas de dois jogos para confirmar o primeiro lugar do grupo. Um feito importante para repor os níveis de confiança da equipa, que não pisava o palco de uma grande competição desde a eliminação nas meias finais do Mundial 2014. Ainda assim, a Holanda não apresenta um jogo tão sólido como a Itália – como ficou demonstrado no jogo contra a Ucrânia – não sendo ainda uma das favoritas à vitória na competição.
Turquia e Polónia: os outliers que fracassaram na linha de partida
A Turquia falhou em toda a linha, terminando a prova com 3 derrotas. Esta prestação turca é deveras surpreendente, tendo em conta as exibições e vitórias recentes sobre a Holanda (4-2) e Noruega (3-0) que, neste momento, lhe valem o primeiro lugar no grupo de qualificação para o Mundial 2022.
Em momento algum a Turquia foi capaz de jogar olhos nos olhos com a Itália ou estar perto de um resultado favorável contra o País de Gales e Suíça. Definitivamente, uma prestação muito abaixo das expetativas num grupo cuja qualificação poderia estar ao seu alcance.
Pelo mesmo diapasão alinhou a Polónia, sob o comando de Paulo Sousa. Uma entrada em falso frente à Eslováquia dificultou as aspirações polacas que ainda conseguiram impor um empate a Espanha (1-1), mas sucumbiram perante a Suécia – uma das surpresas agradáveis da fase de grupos – ao averbar mais uma derrota nos minutos finais quando arriscava tudo para seguir em frente na prova.
País de Gales: consistência surpreendente
Se muitos de nós pensámos que a prestação do País de Gales no Euro 2016 foi um mero acaso, não podíamos estar mais enganados. A equipa capitaneada por Gareth Bale volta a somar boas exibições e a conquistar pontos que garantiram o 2º lugar do grupo e, consequentemente, a qualificação para os oitavos-de-final.
Até ao momento, o País de Gales disputou um total de 9 jogos no Euro 2016 e Euro 2020, somando um total de 5 vitórias (Eslováquia, Rússia, Irlanda do Norte e Bélgica), 1 empate (Suíça) e 3 derrotas (Inglaterra, Portugal e Itália). Estes números são definitivamente uma prova da solidez do País de Gales
Finlândia e Macedónia do Norte: estreias razoáveis
Finlândia e Macedónia do Norte estrearam-se na fase final de um campeonato da Europa, não recaindo sobre nenhuma das equipas expetativas especiais. Não obstante esse facto, a Finlândia entrou com o pé direito no Euro, num jogo marcado pelo problema cardíaco de Eriksen. Graças à sua defesa sólida, a Finlândia manteve a esperança do apuramento para a fase seguinte da prova até aos 74 minutos do embate com a Bélgica – e, até esse momento um golo da Finlândia colocava-os no primeiro lugar do grupo. Em suma, uma estreia respeitável!
A Macedónia do Norte presenteou os fãs do futebol com excelentes espetáculos de futebol que, infelizmente não se materializaram em resultados positivos. O jogo Ucrânia – Macedónia do Norte foi uma das partidas mais eletrizantes do torneio. A despedida da prova frente à Holanda foi inglória, com um resultado desfavorável (0-3) após uma primeira parte onde ameaçou a baliza adversária por várias vezes através de Trajkovski. Definitivamente uma equipa que merecia, pelo menos, um ponto.
Inglaterra e Ucrânia: serviços mínimos
A Ucrânia ocupou a última vaga de acesso aos oitavos de final, ao ser o 4º melhor terceiro classificado com 3 pontos, fruto de uma vitória frente à Macedónia do Norte. Ainda assim, uma prestação abaixo das expetativas na terceira jornada frente à Áustria, poderia ter colocado a qualificação em risco, não fosse a goleada infligida pela Espanha frente à congénere Eslovaca.
Por seu turno, Inglaterra qualificou-se no primeiro lugar do grupo D mas sem deslumbrar. Valeram os resultados, mas as exibições foram aquém das expetativas: dois golos marcados e nenhum sofrido – uma produção ofensiva pouco condizente com o estatuto das estrelas inglesas.
Portugal: calculadora até ao fim
Por fim, umas palavras para a nossa seleção: uma qualificação sofrida, mas merecida!
Num grupo onde a Hungria dificultou a vida aos últimos dois campeões do mundo, Portugal suspirou de alívio quando soou o apito final contra a França, após ter estado alguns minutos em primeiro lugar do grupo e cerca de 13 minutos com um pé fora do Euro 2020. Após um abalo na confiança da equipa no rescaldo do jogo com a Alemanha, seguiram-se vários dias agarrados á calculadora, que acabaram com Portugal a qualificar-se como o melhor terceiro classificado.