Quando falamos em desporto pensamos imediatamente em modalidades, palavras ou momentos muito concretos. Vem-nos à memória jogos, competições, imaginamo-nos a correr atrás de uma bola ou visualisamos o nosso melhor marcador na sua melhor performance e naquele lendário desempenho.
Mas, quantos de nós, amantes de desporto, teremos sido, em qualquer momento das nossas vidas, influenciados por criaturas que só existem no papel e no imaginário de grandes ilustradores? Como poderemos incentivar as camadas mais jovens a sair de frente de um qualquer ecrã para esticar livremente o corpo ao ar livre? E quantos estão a fazer apostas e casinos em sites online. (Se tem interesse neste tema confira esta análise ao 888 casino ou estas dicas de casino online).
É certo que vivemos numa conjuntura de incerteza, ameaçados, há mais de 1 ano, por uma micro criatura, que não conseguimos ver a olho nu e que parece gostar da nossa companhia. Mas esta não é uma desculpa válida para a nossa juventude no limbo da imobilidade, pois não?
Muito antes desta pandemia, estudos sociais alertavam para o facto dos jovens viverem fechados nos seus casulos, por assim dizer. Desde o momento em que acordam, a primeira coisa que fazem é agarrar no objeto que os acompanha incansavelmente durante todo o dia – o inseparável telemóvel. Mas esse ecrã que não se iluda, porque não é exclusivo: ao longo do dia, estes jovens saltitarão também para o pc e, mais tarde, para o ecrã da tv.
O sedentarismo é algo que se instala silenciosamente. O corpo, apto para se desenvolver fisica e cognitivamente, vai acompanhando a imobilidade imposta pelo cerebro. É assim que a maioria dos nossos jovens vivem, imóveis, dependentes do que se passa no interior de ecrãs que fazem parte das suas vidas.
Há sociedades, como a japonesa, em que uma quantidade significativa de pessoas não saem de suas casas, dos seus quartos, durante anos, nem sequer para comprar a sua alimentação. Trabalham e vivem diante do seu ecrã e só assim se sentem bem. Essa é a sua realidade, a sua vida.
Todos os amantes de desportos ao ar livre sabem o quão gratificante é olharmos para a face feliz de uma criança ou jovem enquanto corre tentando manter uma bola na sua posse. É um ar de triunfo, de sagacidade, de diversão, de estratégia. Pura felicidade. As suas cores, a sua postura e linguagem corporal são saudáveis.
Reinventar: transmissão de valores desportivos e incentivo à prática desportiva
Ricardo Prates, um jovem motorista rodóviario, encontrou uma forma de levar alguns jovens da sua comunidade ao seu clube desportivo, e tem feito a diferença. Quando consultou um livro de banda desenhada Michell Vaillant, deparou-se com um prefácio de Alain Prost. Este campeão mundial de Fórmula 1 confessava que, aos 12 anos, através das histórias de Jean Graton, tinha descoberto o desporto motorizado. Foi o clique que precisou para transformar vidas.
Deslocou-se à biblioteca municipal e pediu uma relação de livros de banda desenhada que tivessem a ver com temas desportivos. Pensou que, hoje em dia, seria mais fácil para a juventude, ler banda desenhada que um livro tradicional.
E, começou por estabelecer, no seu clube, duas horas de desenho e pintura, ao ar livre, inspirados em livros como Asterix e os Jogos Olímpicos e As Aventuras d’Alix, intercalados com momentos de exercício físico. Mas há uma infinidade de livros de banda desenhada que abordam os mais diversos desportos, desde futebol, golfe, karaté, fórmula 1, judo, ciclismo, ténis, andebol, boxe, entre outros, com histórias fascinantes.
Esta experiência excedeu as expetativas e foi muito bem recebida na comunidade local, de tal forma que a autarquia pediu-lhe que ajudásse os professores do 1.º ciclo a implementar algumas dessas práticas. Esta estreita colaboração fez com que o clube não tenha mãos a medir.
E esta é a prova que, uma qualquer pessoa inspirada, focada e nutrida de um ideal ou paixão, pode efetivamente transformar vidas. Quem sabe se dali não sairá o/a próximo/a Ronaldo ou Michael Phelps.